06/04/05

requiem p'lo peido - tomo 3: alguns aspectos sobre nutrição

é certo e sabido, nem todos os manjares são aptos à boa produção do peido.
a história da ciência peidológica sempre reconheceu às leguminosas, nas suas varidas cambiantes, uma capacidade inaudita de transformar qualquer rabo de filme mudo num moderno sistema 5.1 de emissão de ondas sonoras gaseificadas, com efeito suround dos mais fétidos aromas.
os efeitos que provocam variam de acordo com o tipo de leguminosa de que falamos, algumas produzem peidos mais ou menos sonoros, mais ou menos rasgadores, mais ou menos fedorentos...
nas proximas linhas desenvolveremos alguns efeitos que essas leguminosas provocam no organismo, do ponto de vista tipolóico, bem como outros alimentos, ou bebidas.
o peido de feijão: o feijão é dos alimentos que conheço mais equilibrados em termos de peidos, especialmente na sua variante feijão-encarnado. a sua capacidade de produzir peidos das mais variadas espécies continua a surpreender. é certo e sabido que qualquer pessoa vira uma bela feijoada à transmontana, e tem festival de rasgadores, voos de abelha, bufas e traques, etc. é um fartar-vilanagem de flatulência, sendo que o efeito-surpresa do peido de feijão encarnado é aqui pedra de toque. se fizermos chillie com esse tipo de feijão, a coisa toma proporções holocausticas, sendo que qualquer peido será acompanhado de uma valente escaldadela do bordeledo do rabo, por força do picante, seguido de um efeito naso-napalm com um alcance de p'lo menos 25 m2.
o feijão-frade também é muito competente, embora aqui ao haja grande efeito urpresa. o peido do feijão-frade geralmente é um rasgador de algum nivel decibélico, mas especialmente longo, longo, longo... é comum ultrapassarem os 5 sgds. o que faz com que sejam extremamente gratificantes qundo emandos na banheira. geralmente cheiram mal, mas não atingem as proporções do feijão-encarnado. o feijão-preto também tem a sua graça, proporciona uns peidos curtos e secos, e com alto grau decibélico, uma espécie de tiro de anus, com algum cheiro. o feijão-branco e o manteiga não têm grande relevancia.
o peido de grão. terrivel arma contra pessoas não constipadas. isto porque de todas as leguminosas, é sem duvida a proporciona os peidos mais fétidos. uma pançada de grão equivale a dizer que daí a umas horas o agente será digno de ser signatário plenipotenciário do compromisso de quioto, e persona non grata para quem quer que o acompanhe. dos piores aromas que o corpo humano produz é da digestão do grão, absolutamente putrefacto. peidos sonoros q.b., quentes sem serem acidos como os do chillie, e com tendencia para suster o cheiro durante largos periodos. bons para por fim a casamentos ou namoradas indesejáveis.
outros alimentos:
a couve lombarda. bom produtor de peidos, geralmente muito mal-cheirosos, mas com pouco som. têm um cheiro muito caracteristico, sem ser nefasto como o grão, mas ainda assim com grau de eficácia assinalavel. é a principal causa do cozido ser uma refeição peidorrenta. também muito eficaz quando guisada com salsichas, e mesmo em caldo verde.
as massas: porque ricas em fibras e hidratos de carbono, as massas permitem uma total libertação da tripa oprimida pelo cagalhão renitente. permitem a produção de peidos soberbos, sonoros e libertadores, e se forem condimentadas com um ovo batido, geralmente obteremos uns travos putrefactos nos peidos, antes de umas cagadas pastosas absolutamente divinais.
no capitulo das bebidas, destaco a cerveja. quem quer que já se tenha emborrachado com cerveja, sabe o quão liberta fica a tripa no day after. as miudas que sofrem com prisão de ventre gabam as belas cagadas com que são surpreendidas na manhã seguinte, libertando um obuz por vezes retido à 3 ou 4 dias, que as inchava e incomodava. os peidos são do pior. geralmente a cerveja proporciona umas cólicas devastadoras pela retenção dos gases que comporta, que serão aliviadas com series de peidos sonoros e fétidos. e é justamente isso q caracteriza o peido de jola: cólicas seguidas de sequências de peidos retemperadores. ou seja, durante um certo periodo a produção e evacuação de peidos é pródiga, seguida de algum vazio, que antecede a próxima cagada (porque a cerveja implica no dia seguinte pelo menos 2 ou 3 visitas ao vaso...). embora hajam registos de tardes inteiras de constante matraquear de nalguedo em periodo pós orgia etilica de cerveja, tal situação não é regra.
findo este post pedindo desculpas aos meus fieis leitores pela minha ausência, mas exigências do foro profissional têm-me tomado a paciência para escrever, e sobre peidos não é coisa que se escreva de animo leve.
há um nivel intelectual, cientifico e literário a manter, que não se compadece com negligências conceptuais, portanto prefiro não escrever a escrever com pouca vontade de o fazer. a bem da elevação no eter...
até uma próxima visita
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