14/11/05

conto enviado antigo colega de turma...

folgo em saber que o Blog de Sanita mantém uma legião de fans. desta vez, o meu colega da faculdade e amigo Tito enviou-me este conto particularmente badalhoco, mas que pela sua piada promovo-o a post.
cá vai disto:
"Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é... esta éuma simples história que pode acontecer a qualquer um...Aeroporto de Lisboa, 15h30m Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada e uma cagada não aliviasse. Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me levaria para o aeroporto, do outro lado da cidade, de onde partiria o voo para Estocolmo, resolvi segurar as pontas, "afinal de contas, são só uns 15 minutos de viagem.Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar uma mija tranquila". O avião só sairia as 16h30m. Entrando no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e tomei consciência de quea minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no wc do aeroporto. Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente, disse-lhe: “Fogo, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar a farinheira."Nesse momento, senti o cagalhão a beliscar as minhas cuecas, mas pus a força de vontade a trabalhar e segurei a onda. O autocarro nem tinha começado a andar quando para meu desespero, uma voz disse pelo altifalante: "Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até ao aeroporto levará cerca de 1 hora". Aí o cagalhão ficou maluco querendo sair a qualquer custo! Fiz um esforço hercúleo para segurar o comboio de merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. O meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo.O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais indicandoque pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali. Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa de banho, não numa igual à dos sanitários públicos, mas uma comuma sanita, tão branca e tão limpa que alguém poderia pôr o seualmoço nela. E o papel higiénicoentão: era branco e macio e com textura e perfume e... oops!Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do autocarro e percebi consternado que havia cagado. Um cocó sólido e comprido, daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e parentes e convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra: daria até para a expor noCCB! Mas, sem dúvida, não neste caso. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei-lhe de modo muitosério: "Olha, caguei-me."Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a ficar no centro da cidade, escala que o autocarro faria pelo meio da viagem,e que me limpasse em algum lugar. Mas resolvi que ia seguir viagem,pois agora estava tudo sob controlo."Que se lixe, limpo-me no aeroporto," – pensei – "pior do que como estou não fico". Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimónia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e lambuzando o cu, cuecas, barra da camisa, pernas, calças, meias e pés. Logo a seguir, mais uma cólica anunciando mais merda, agoralíquida, das que queimam o fofo do freguês ao sair rumo à liberdade. E, no instante seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar... afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado. Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me pela quarta vez. Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com tanta caganeira que resolveu pôr um penso higiéniconas cuecas, mas colocou-o com as linhas adesivasviradas para cima e, quando quis tirá-lo, levou metadedos pêlos dorabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia ajudar-me a limpar a sujeira. Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo queapanhasse a minha mala na bagageira do autocarro e a levasse aos sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corripara a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei a falta de papel higiénico em todas as cinco portas. Olhei para cimae blasfemei:"Agora chega, Pá?!"Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para analisar a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheiode pressa... já tinha feito o "check- in" e disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo para esperarem por nós. Mandou por cima da porta o cartão de embarque e a minha maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Eletinha-se enganado na mala que eu aguardava e já tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pullover de lã com gola em bico. Atemperatura em Lisboa nesta altura era de aproximadamente 37 graus.Desesperado, comecei a analisar quais das minhasroupas seriam, de algum modo, aproveitáveis.As minhas cuecas, mandei- as para o lixo.A camisa era história.As calças estavam deploráveis, assim como as minhasmeias, que mudaram de cor tingidas pela merda.Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a 10.Teria que improvisar.A invenção é filha da necessidade, então transformei uma simples casa de banho pública numa magnífica máquina de lavar.Virei as calças do lado avesso, segurei-a pela barra,e mergulhei a parte atingida na água.Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da merda se desprendeu.Estava pronto para embarcar.Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias,calças vestidas do avesso e molhadas da cintura até ao joelho (não exactamente limpas) e o pullover de gola em bico sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do "rapaz que estava na casa de banho" e atravessei todo ocorredor até ao meu assento ao lado do meu amigo que sorria. A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortaros pulsos ou 130 toalhinhas perfumadas para disfarçaro cheiro de fossa transbordante, mas decidi não as pedir... erespondi-lhe com uma esforçada cara angélica:Nada, obrigado... ele só queria mesmo era esquecereste dia de MERDA!"

11/11/05

É preciso ter galo...




















Imaginem os meus fieis leitores, a qualidade de vida deste infeliz presidiário daqui a cerca de 3 minutos.

De volta à cela, impulsionado por um géiser fecal.

É-me dificil imaginar situação mais cruel...